Cabeça sem rumo e alma sem sossego;
Corpo sem cama e paz, solto no vento;
Sem leveza o sentir, o pensamento,
Sem ronda, sem caminho, sem apego.
Tudo sem se fazer. Ah, eu não chego.
De mim tampouco saio e o sentimento,
Pobre, não se desmancha. Sem enredo,
Priva-se na razão, faz-se lamento.
Reclame vivo, não. Só prevalece
Um mergulho em mim mesmo, que maltrata.
-Foz de choro entupida ou muda prece!
Quando noite deveras, quero flauta
Para inflar todo o peito que entristece.
Canto hinos. Não há céu, só uma falta.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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