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quarta-feira, 22 de julho de 2009

ILETRADO

Cá ouço alguma vez voz sensitiva,
No fundo a borbotar, como se chame
A traduzir de mim este derrame
De comunicação inextensiva.

No silêncio eu falo incisivo,
Qual fosse no papel, mas sem ligame.
Escrevo fundo em carne a descritiva
Do que em mim há melhor e se consome.

Tudo que há, há p’ra ler, não escutar.
Traduzo os sentimentos mal mal ditos,
Que se ditos seriam de pecar...

Por inexatidão. Se desse um grito
Seria mudo, assim como falar
Alto a ouvido surdo do que sinto.

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