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sábado, 1 de agosto de 2009

FRIALDADE

Eu passo por ti e pressinto.
Tu passas por mim e pressentes.
E nos procuramos retintos
e não nos achamos presentes.
Que foi feito em nós, que cegamos?
- A nos pressentir, duvidamos.
Que foi feito em nós, que calamos?
- Nem mais somos nós, só estamos.
Socorro, que estão matando
sensibilidade em mim!
Estou esfriando tanto,
que o frio perpassando em mim,
vai, dos outros volta a mim.
Socorro, que estão calando
toda a minha voz e mais!
Eu sinto uma dor que é algo
que me anestesia e dói
para não sentir. O quê?
Esta mesma dor ou outra.
Socorro, que estou vagando,
não tenho ilusão não mais!
No espírito e carne imagem
que se preconcebe em cena.
Há uma defesa forte...
Eu nem sei de quê, mas há.
E isso é não me dar, não ter...
Que andam tendo todos aí?
(Só os seus iguais de si).
Socorro, que estão brincando
com escarnecer o fraco,
a alma encouraçando de si!
Socorro, que estou virando,
dentro, tudo em frágil frasco!

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