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sábado, 1 de agosto de 2009

LUA E LÁGRIMA

A lua não diz nada, mas inspira,
Esparramando a luz por vento e chão,
Como o livre tecer de coração.
Amor, dor espalhados numa lira!...

No lago a clarear, muito se mira
E xinga-se por crer escuridão
O resto de uma sombra que revira
E faz desenhos pretos sobre o chão.

A prata fulgurante olha-se n’água.
Para ver só a luz, a lua arde,
Volta-se para si cheia de mágoa.

A vida sempre tem tristezas cruas.
Se lágrima sem água me invade,
Brota dentro de mim, desponta a lua...

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