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terça-feira, 10 de julho de 2012

DO AMOR LATENTE AO AMOR VIVIDO



Era bom, pueril, e sério relativo!
Amando, me entristecia ou ficava altivo.
O sonho, solto no ar, preso à terra,
sempre comigo em qualquer hora e local,
me acompanhava em cores originais e inventadas.
De dia, de noite, quente ou invernal,
no plano das pernas e no horizonte da serra.
Era a vida e vontade que queria comungadas.
Sentimentos incinerados, incineradores,
no peito eram pseudorrevigoradores.
Enterravam-se agora, renasceriam depois,
por ti, em ti mesma ou noutra, travestidos de ti,
ó vida amorosa, buscada, relutante que és,
nunca esquecida. Ficava aos pés de ti.
Não havia conserto, Vida, que és mulher:
eu era um e me fazia dois.
Não prático, era sonhador ao invés.
Menina, fiz mulher,
Mulher, menina fiz, retorci
na queimação de amor e paixão reacendida,
em confusos conceitos meus... Prometida.
Torpores e humores incindíveis no meu dia,
ó paixão ou amor que sentia!
agora amor és com algo mais:
comungas em mim que comungo em ti
alegrias e dores normais,
numa lida intensa ou comedida,
mas todo dia- mulher que dormes comigo-
a tudo sensíveis e mais.
Rebentamo-nos, somos múltiplos.
Mais que dois
em nós mesmos, somos carne e bisturi,
linha, ponto, contraponto
de uma vida lenta, comprida,
não cumprida,
acumpliciados nos possíveis
e impossíveis. 


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