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sábado, 25 de agosto de 2012

AMOR E PRAZER


Prazer é um instante que desliza e passa por mim.
Afaga e eu afago, se vai e me deixa como antes.
Amor é uma luz de além e da divisa de mim.
Descortina minha retina e transporta para diante.
Um me alça e derruba, o outro me enlaça e guia.
Prazer é pausa e descanso no regato, na estação.
Amor é mais que emoção, é estado de alegria.
Amor é minha maior e constante realização.
Um instante de prazer é meu.
Pode até vir do que é teu,
mas só em mim se propaga
e se apaga.
É do meu instinto,
só eu sinto.
Me animalizo,
fico indiviso.
O amor que encontro
e sai do confronto
não me atropela
nem se acastela.
Dá, recebe e aquece
num calor que permanece.
Nele realizo.
Nele universalizo.
O prazer é deleite e delírio.
Desfaz tensão que vai e volta.
Ou é clarão que se apaga.
Amor é cegueira e colírio.
Cega, mas me comporta
dentro e fora de minha saga.
Prazer me dá asas e as corta.
Amor me transporta.
Prazer é uma delícia.
Revigora e castra.
Castra e revigora.
O amor não é interstício.
Guia e é pilastra.
E é de toda hora.
Não vivo sem os dois.
Tudo vem depois.
No amor e prazer a guia.
Num, emoção,
noutro, alegria.
Bate o coração.
Pulso e sangro.
Até me zango.
E a felicidade em essência
arde, vaporiza e é resiliência.






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