Ontem, a dor que me doía
era uma paz que não achava...
Dentro de mim... Sentia faltas...
A solidão, melancolia...
a me ulcerar... Cortantes farpas
-que eram pseudas ou reais-
Sempre a fazer que me cortasse
passivamente eu mesmo nelas,
e elas em mim afiadamente.
Havia névoa que ofuscava
as vistas, trilhas e ruelas,
mas eu buscava sempre mais
multiplicar convicções,
de mim em mim, da vida em mim.
Internamente eu procurava
tudo em cegueira de emoções.
E fora estava e não estava,
tal como dentro o que ansiava:
metamorfose a me formar!
Hoje, da dor apenas rio.
Eu, que a doer me machucava,
que masoquista sou ainda,
escrevo versos e alivio.
Vejo que a dor não embrutece,
sinto que a dor não enfraquece
e sei que a dor nos enriquece.
------------------------------------
------------------------------------
E, hoje, não tanto... Não melindra.
Anima e faz com que eu prossiga
comigo mais dentro da mão,
que é minha e está do corpo ao lado,
distante mais de todo chão,
que em mim passou e passará
todo a pisar todo pisado.
Soergo, rio dessa dor:
não é tamanha nem menor,
uma conquista um laço um nó!
sábado, 1 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário