De imagens que se tem que faz-se o deus.
Então, deusa te fiz, deusa de tudo:
Rainha, Vênus, raiva e meu escudo.
Tanta coisa senti por olhos teus!
E Judas eu não fui nem fariseu,
Pois eu te amava, sim. Pude, contudo,
Enraivecer de dor e calar o “eu”.
O meu canto calou no canto mudo.
Envolvida em roupão, nua te via.
Tudo embalavas. Vinham orações
Alma e carne louvar: não discernia.
E tu, deusa ainda és: mesmas feições.
Tanto enfeitiças tu e nada guias:
Descaminho e torpor das emoções.
sábado, 1 de agosto de 2009
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