Mais um hoje se foi e eu te esperei.
A porta estava aberta e não entraste.
Fechei-a, não bateste. E eu, qual traste!
Teus olhos, tua voz, eu não terei.
Meus olhos fora ponho. Não te achei
Em nenhuma miragem e, contraste,
Tudo como se igual, não estranhei.
Vento sem tua voz... De vez calaste?
E não falavas nunca, mas te ouvia.
A janela se abria pela luz
E tu não vinhas nunca, mas te via.
Tu vens de mim em mim, muda e falaz
Ao mesmo tempo e casas ao ‘não-vem’,
Pura e estéril, sêmen de anti-paz.
sábado, 1 de agosto de 2009
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