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sábado, 1 de agosto de 2009

A HORA E EU

Engulo meus ais,
fujo dos de fora,
ouço-lhes os ecos.
Retumbam e doem.
Aprofundo mais,
de algo me consolo
mais do que me perco
(Não sei bem do quê).
Há cheiro de relva:
estou dentro e fora
e sinto minha hora
escoando-se...
(Ora ela é rotunda,
ora ela é comprida).
Leve, afinando
e desafinando.
A hora e eu.

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