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sábado, 1 de agosto de 2009

MULHER FUGAZ

De que prisma vê-la?
Primava na minha idade,
era doce e juvenil...
O nome era Vera.
A leveza num toque de mão,
um beijo a face enrubescer...
Pura como um botão,
que uma flor demorava ser.
E foi bela flor deveras.
Adormeceu à noite que principiou,
mas não chegou a emurchecer.
Tem idade ainda tenra
no tempo já maduro
de uma vida vagarosa ou apressada,
que se não a traz, não a faz esquecida.
E em alguma parte vive
e é parte de uma história vera.

Má não é ela,
a Manuela que me espera.
Em curvas e proeminências.
Ou má, nua, ela?
Mas Manuela, como é bela!
Vestido diáfano, lindo azul,
de qualquer cor, cor de Manuela.
A carne rija enchendo as formas
curvilíneas e proeminentes.
E suspiro após suspiro,
todos os beijos se me arrancam.
E no amor insaciado
ainda os olhos a acompanham.
E amanhã, em outro vestido,
de qualquer cor, cor de Manuela,
o mesmo amor em outro amor,
no corpo sempre desnudo de Manuela.

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