Escrevendo, vou tentar,
suave deslizando a pena,
zelar minha descritiva
e reduzi-la a uma palavra.
Ouço longe e perto
nonada de ritmos,
dor nenhuma
ou aflição sentindo.
Devia ser noite alta.
No entanto é dia ainda,
ziguezagueando nele a brisa.
Nada prende tanto a mim,
que olho assim o nada.
Só vejo recortes de luz
e flores levemente balançantes.
Não obstante há a parede
interposta entre mim e o horizonte.
E uma porta estreita
ou larga, conforme a que tome.
Se uma chave me trancasse
e eu não quisesse estar,
saltaria a janela escancarada,
correria p’ra lá ou nenhures.
Tudo em volta serenado,
estranheza nenhuma me pesa.
A pulsar incessantemente,
sinto-me... Somente... Vejo fora.
A ciranda do pensamento cortada.
Interrompida a especulação...
Na porta estreita é que me meti!...
Começo agora
tudo outra vez.
Quase não consigo
concentração mínima,
misturando pensamentos
tanto, que me inquieto.
Roteiro perdido!...
Ouso continuar.
Fogem-me os versos,
retomados e mal conduzidos.
Eis a dificuldade que há,
ausente todo o sortilégio.
Duas origens,
oásis sem ponte...
Não intercede uma ligação.
Mas espero,
enquanto invoco
musa!...
Mas espero,
enquanto invoco
música!...
sábado, 1 de agosto de 2009
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