A Musa!...
Desejo-a de todos os modos,
obcecadamente e tanto,
que fico irrequieto, vendo-a passar.
E ela não me vê.
Tarde que seja, ela virá.
Recatada, com algum amor.
No entanto, quero um que dure,
sem desprezar o ligeiro.
Quero a graça dela aventurando
um amor em mim.
Eu a aventurar na graça dela
o amor que quero dar.
Redemoinha ora em mim,
ora no ar o amor que há.
Como em torvelinho eu...
Irremediavelmente atraído.
E nada retém ou encaminha
certeira e firmemente
meus passos a vacilar.
Sobremaneira me agito.
E quando não, entristece
o estar ela longe
e tão inconsciente.
Oscilo entre a quimera
informe e a realidade dura.
Vejo-me opaco.
Opaco tudo fica, sem ela.
Musa, com jeito de diva,
ondeia leve como folha.
Sinto a sua leveza...
que distancia e esquiva.
Desistir de tê-la não posso.
E eu quereria se fosse não arder
tonto , sozinho e longe dela.
Se ela ouvisse o que cala
natimorto no meu peito,
maltratando p’ra valer!...
Talvez eu aliviasse.
Diva, não a posso ter...
Ozônio que não protege.
Zênite que não alcanço...
A Musa, a passar...
sábado, 1 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário