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sábado, 1 de agosto de 2009

NOITE

Os meus pés no teu chão. E a tua cama
Que não vejo, mas deito, serve-me a alma.
E deixo-me ficar na tua calma.
Sirvo-me dela e acendo minha chama.

Chama se acende em mim. Queima na cama
Que não vejo, mas deito e em fundo d’alma,
Ermo, tudo se evade e se derrama
Por teu escuro céu, que inspira calma.

(Noite serena e só, meus olhos susta.
Mais quieta do que eu, mas acalenta.
Com estrelas e mistérios nada custa.)

Há, noite, a cidade que te ausenta;
Há, noite, a cidade que me assusta.
E uma mata que aos dois nos acalenta.

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