Havia coriscos no ar. E retumbar de trovão
era no meu peito- incessante e medonho.
E eu a pedir lampejo para a escuridão.
Tal como a natureza, pesaroso e tristonho.
O lampejo era no céu e o negrume, no coração.
Eu anoitecera e a noite ficara enfadonha.
Enfadado do dia e tudo enfadonho... Malsão.
Não dita a dor castrante e cheia de peçonha.
Tarde descubro que agravava tons e cores da noite,
a se agravar em mim, agravado por mim mesmo.
Tarde descubro uma brandura, alivio secura.
Uma luz e sentido novos... Para olhos, ouvidos e peito.
Já então amanhecera na natureza e no peito:
tudo brando, claro, apagado todo o nanquim.
Uma chuva torrencial caíra quando ainda noite.
E trouxe clara manhã ao peito, a iniciar toda cura.
domingo, 2 de agosto de 2009
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