Escrevo de pessoa pra pessoa,
Numa escrita que pinta uma dor,
Alguma dor torcida, que ressoa
De mim e doutro peito, sem ardor.
Numa escrita que pinta uma dor,
Alguma dor torcida, que ressoa
De mim e doutro peito, sem ardor.
Signos duvidosos, coisa à toa,
Brinquedo ou coisa séria, num lavor,
Cujo sentido esvai e sim destoa
Do sentido que é meu e do leitor.
Brinquedo ou coisa séria, num lavor,
Cujo sentido esvai e sim destoa
Do sentido que é meu e do leitor.
Pinto dores comuns, que são pensadas.
Mas depois de senti-las realmente.
São signos, palavras desenhadas
Mas depois de senti-las realmente.
São signos, palavras desenhadas
Em que desenho dores facetadas,
Agitando um estado só dormente,
Onde há vívidas dores espelhadas.
Agitando um estado só dormente,
Onde há vívidas dores espelhadas.
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