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segunda-feira, 9 de julho de 2012

LUA DORMENTE, SOL TARDIO



O meu “eu” é uma lira de amor e dor.
Tenho um pouco de tudo e ainda quero plus.
Na parte, confuso sentimento do todo e desamor,
na noite claro-escura em que uma lua deita luz
e de luz e sombras tece uma enorme liberdade.
Nela- signo de mim- me perco, e ela me assombra.
E eu bem preso e evadido num lago que me invade.
E nele a lua vê-se a si, indiferente às sombras
e aos recônditos. Retarda o sol, revira daqui para ali,
a fazer desenhos pretos, mas também luz.
Indiferente ao próprio lado escuro de fora e de si.
Imenso eu dentro de mim, carregando minha cruz,
espraiando sentimentos sem cessar e sem atingir.
Louco de saber obscuros os pontos,
já não vejo a mim mesmo, focado nas sombras.
Vagueio e perco a hora, perco-me e não encontro.
Cosendo-me às sombras, sou sombra.
Tudo pequeno fica enorme enquanto tudo dorme.

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