Luta em mim algo, ou eu luto comigo,
longe de tudo, de mim e de todo abrigo.
O que falta dói. Arranho-me e norteio
e desnorteio meus passos, minha aura.
A vida me dana e promete que restaura.
Tristezas e descrenças fecham portas de mim
e portais do mundo, que não quero todo.
Só uma parte ou porta em que me quero inserido.
Mas sem sentir-me em alegria alheia intrometido.
Fico uno, disperso em mim, sem começo ou fim.
Não noto a própria presença e a interação pretensa.
Nulo eu no mundo de niilismo, sou cataclismo.
Mas, por lutar comigo, quase me resgato.
Em alguma porta miro, enquadro e bato.
Às vezes, em virtude das faltas, de fato
luto em mim e me desespero num tempo longo.
Contenho, escondo lágrimas e me escondo.
Nutro ansiedades e agonias, me isolo e padeço.
Do sonho de fraternidade e amor esqueço.
Outras vezes, numa vontade invencível,
conservo um desejo que é arrimo e norte
para continuar de dentro de um mar revolto,
a buscar salvação da figurada morte.
Não quero fundir-me n’água.
Não vou unir-me com ela, matando mágoa
(Antes da paz, haveria afogamento),
pois além do espírito, tenho um corpo,
que é barco e trem, que levam meu tormento.
Minha hora é mar e é porto, água e praia...
viagem, estação... E na paisagem comum se espraia.
longe de tudo, de mim e de todo abrigo.
O que falta dói. Arranho-me e norteio
e desnorteio meus passos, minha aura.
A vida me dana e promete que restaura.
Tristezas e descrenças fecham portas de mim
e portais do mundo, que não quero todo.
Só uma parte ou porta em que me quero inserido.
Mas sem sentir-me em alegria alheia intrometido.
Fico uno, disperso em mim, sem começo ou fim.
Não noto a própria presença e a interação pretensa.
Nulo eu no mundo de niilismo, sou cataclismo.
Mas, por lutar comigo, quase me resgato.
Em alguma porta miro, enquadro e bato.
Às vezes, em virtude das faltas, de fato
luto em mim e me desespero num tempo longo.
Contenho, escondo lágrimas e me escondo.
Nutro ansiedades e agonias, me isolo e padeço.
Do sonho de fraternidade e amor esqueço.
Outras vezes, numa vontade invencível,
conservo um desejo que é arrimo e norte
para continuar de dentro de um mar revolto,
a buscar salvação da figurada morte.
Não quero fundir-me n’água.
Não vou unir-me com ela, matando mágoa
(Antes da paz, haveria afogamento),
pois além do espírito, tenho um corpo,
que é barco e trem, que levam meu tormento.
Minha hora é mar e é porto, água e praia...
viagem, estação... E na paisagem comum se espraia.
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