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segunda-feira, 9 de julho de 2012

VIÇO QUE NÃO PASSA



Amo-te, querida,
te revendo os gestos pueris
e teus jeitos feminis.
Mas sinto perder a inocência,
que foge da vida pela vida.
Hoje te amo, mulher, em essência.
Vejo-te ir e vir, transmudada.
Em timbres vários, me és dada
esposa, menina que sempre quis.
Já não és ausência constante.
És inconstante na presença.
Sem ti minha hora fica cortante.
Tens do passado a graça.
No presente, a maturidade
torna-te bela com outros sais,
açúcares e fontes e viço.
Do meu dia tiras algo de jaça
e compensas da vida alguma negaça.

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