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segunda-feira, 9 de julho de 2012

VIDA PERTO... VIDA LONGE...



O que seria minha alegria? Sempre a vigiar,
me surpreendo um nada, numa luta inglória.
Se desisto da minha meta e não a vou buscar,
a vida me é tediosa, certamente irrisória.
Eu a me preguear no tempo, extenso e pesado,
interminável e indiferente. Ausente do tempo,
a mim mesmo fico procurando, longe. Atado,
desconheço o agora; ausente de mim, no relento.
De mim distante fica o tempo, se a vida procuro
sem lhe notar a semente em pequenos rebentos.
Não vivo, então, o melhor da vida, fico obscuro.
Ela não me possui, nem eu a ela, ambos sedentos.
Restamos vida e eu órfãos da simplicidade.
Sem procurar nada, pode ser que encontre tudo.
Paradoxal, sou complexo e simples, na liberdade
de ser, fazendo da vida e ela de mim, escudo.

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