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segunda-feira, 9 de julho de 2012

FADAS DE ONTEM E DE HOJE



Aquela mágoa, da poesia desapareceu.
Apenas escorre uma lágrima suave.
Choro, mas isso não faz mal, oh, salve!
É uma desilusão que me fortaleceu.
Não me desgasto, esqueço a antiga magia
do que a fada prometeu e não trouxe.
Acho-me nem amargo nem doce.
O frio e a falta engendraram ataraxia.
Secaram os prantos eventuais que chorei,
que foram sempre silenciosamente vertidos,
que foram, às vezes, esteticamente contidos.
Isto que agora tenho, cala fundo, eu abafei.
Não é medo, mas prudência padroeira
de gostar de mim, desconfiado da fada faceira.
Mas não duvido de que o amanhã, no horizonte
antigo, com jeito de novo, trará algo de ontem.


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