A chuva de verão lava meu céu.
Escorre a pintura e, infirme,
Infirma o firmamento posto ao léu,
Nas tintas do poeta pouco firme.
Infirma o firmamento posto ao léu,
Nas tintas do poeta pouco firme.
Apaga do horizonte meu painel
E suaviza o peito e redime
De uma contida dor. Algo sublime,
Do pesaroso faz leve corcel.
E suaviza o peito e redime
De uma contida dor. Algo sublime,
Do pesaroso faz leve corcel.
Abranda ou aplaca o inferno.
Redesenho. E a chuva, já mais fina,
Lenta, insiste e borra minha tinta.
Redesenho. E a chuva, já mais fina,
Lenta, insiste e borra minha tinta.
E, cortante, o Sol, fazendo esgrima,
Desenha arco-íris breve. Lento, pinta
De escuro outra vez o dúbio eterno.
Desenha arco-íris breve. Lento, pinta
De escuro outra vez o dúbio eterno.
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