Estou cinza, mas há de outras cores.
É só melancolia, não negrume
De tristeza qualquer ou dor que esfume
Toda a clareza d’alma e fulgores.
Ferida antiga, marca de penhores
De que me resgatei. É um ciúme
Do que de mim ficou nos dissabores
Da perdida ilusão, com’um perfume.
Desgosto sem angústia e não mais
Que saudade talvez do que não tive,
Saudade sem doer, mentida paz.
Amanheço meus passos pelo nada;
O dia para a noite vou levar.
E quero amanhecer com o pé na estrada.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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