O teu olhar forte brada,
e retumbante em meu ser,
que sou tão teu quanto nada.
E não me tens por querer,
pois essa posse calada,
convulsa, sim, faz-me ver
que em nome teu, só tomada
é pelo próprio meu ser.
Dou-te o que sou, e resulta,
dando-te tanto, buscar
o que não sou. Só se avulta
sombra e vazio cismar.
E já não eu, vida oculta
tudo de mim. (Ao brilhar
o de tristonho sepulta:
traz dom de crer teu olhar)
Eu, no que sou, já sou teu.
No que não sou, me buscar
quando eu vou, tal como eu,
tu lá também vais parar:
Comigo sempre tu e eu.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário