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quarta-feira, 22 de julho de 2009

À MULHER QUE PASSA E NÃO VEM

Linda, lépida, chega e sai,
grava na alma sua imagem.
Incontinenti, volta e vai,
sorridente no seu vai-e-vem.
Sorrindo ainda, apaga as cores e viço.
Apraz-me vê-la assim cativante.
Nada nela, no entanto, prenuncia
do que quero realmente receber.
Sem seus gestos e olhos,
sombras e negativo do que retrata.
Embaça-se a minha visão,
oscilo entre o brilho e a obscuridade:
sua presença, sua ausência.
Vejo e não vejo, sonho abraçar...
Ah, se pudesse haver amor!...

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