Procurar e desandar deste modo,
punindo em mim uma falta,
tem sido dor sobre outra dor,
um dedo sobre a ferida.
E curá-la, não sinto que é
a conquista, o encontro.
Curá-la é não agravar o ser,
nem justificar e clarear o estar.
Mas compulsivamente faço e desfaço
meu ego em construção.
Assumo uma atitude que fora e dentro
põe-me em descompasso
com o mundo,
comigo mesmo.
Do que sou sobra tudo,
pouco se reparte e titubeio
no que reflete, engana e se engana.
Vesgo tudo em mim,
vesgo no olho do outro.
Meu ser se refugia, esconde,
mostra e ninguém vê.
Ou vê confuso e pouco firme.
Apago tudo e silencio
num estado de meia-noite,
num calor preguiçoso de meio-dia,
como porta, como filtro...
até que um raio venha raiar,
até que um raio possa penetrar
e despertar.
domingo, 2 de agosto de 2009
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