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domingo, 2 de agosto de 2009

SOL E CHUVA DE VERÃO

Sabe?... Quisera escrever
a poesia do sol
que nasce e morre no céu.
Comprendê-lo por sol.
Grande e modesto ao léu.
No estado d’alma esquecer,
vendo-o não só de arrebol,
de compará-lo ao meu ser.

Sabe?... Do sol grande e inteiro,
que faz calor e encobre,
que a tudo banha, e carece,
quando uma nuvem o cobre.
Não esse sol que escurece
no feito verso. Inteiro,
eu veja o Sol. (Não soçobre
Meu coração dó ligeiro!)

Sabe?... Quando há sol ou não,
não vê-lo luz e alegria.
Não uma ausência e tristeza,
mas um irmão no meu dia.
Brilho servil, natureza
que vem e vai-se do chão,
que a noite tarda. Tardia,
também vem vai-se do chão.

Sabe?... Quisera escrever
a poesia da chuva
que tarda ou cai pelo céu.
Compreendê-la por chuva,
mas não a lágrima e o véu
do triste quieto a só ver
como a uma alma viúva
e a si tão só remoer.

São chuva e sol dois momentos
da mesma sorte de coisas
para equilíbrio do todo.
O choro e o riso elementos
deste meu ser de rebordo.
Figura do íntimo e modo
de eu expressar sentimentos
os mais intensos das coisas

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